Tuesday, June 28, 2005

Thank God for small favours

Reunião em Istambul nos próximos dias.
(Sabe quase, quase a férias.)

Friday, June 24, 2005

Serendipity

Costumava deliciar-me com um certo tipo de pormenores que confluíam para eu construir o nosso amor romântico. Como o facto de haver um atalho, no meio dos prédios, entre a minha casa e a tua. Ou fazeres anos tão perto de mim.
O dia de hoje, depois de sete anos a celebrá-lo em sintonia (ainda que nem sempre juntos), custou muito, mesmo muito a passar.

Tuesday, June 21, 2005

Ai

- Estão aqui os medicamentos.
- Ai.
- Achas normal andares dois dias inteiros a empanturrares-te de todos os petiscos que sobraram da festa?
- Ai.
- Incluindo os que não conseguiste enfiar no frigorífico com um calor destes?
- Ai.
- Agora admiras-te de teres dores de barriga.
- Ai.
- E ires à casa de banho dez vezes por dia.
- That’s an understatement.

Saturday, June 18, 2005

Nham...

Ai Muska... nem te digo o que eu fazia com o Bradzinho e umas quantas cerejas.

PS - Você é que é linda. Mais que demais.

Monday, June 13, 2005

Sofre para dentro

Já vos tinha falado da necessidade de acordar com boa música logo pela manhã. Pois ele há fases em que é perfeitamente imprescindível para determinar o humor das horas seguintes, em especial a uma segunda-feira.
Estar no banho e começar a dar aquela coisa intragável do «If You're Not The One» é tiro e queda para um dia estragado. E não, não é por causa do tema; eu estou sensível mas não em relação a versos destes: «If you're not the one then why does my hand fit yours this way?» ou «If I don't need you then why am I crying on my bed?» ou ainda «If you're not for me then why do I dream of you as my wife?». E muito menos cantados em falsete.
Depois de um fim-de-semana…como dizer…emocionalmente farto, estou decidida a dar um basta e resolvo sair da banheira apressada para mudar de estação. A pressa é, como sabem, inimiga da perfeição, pelo que acabei por escorregar e mandar um tralho daqueles. Pior do que ouvir Daniel Bedingfield, é ouvi-lo estatelada no chão, nua e encharcada. Quite humiliating.
Dia arruinado de vez e um mau humor de cão é o resultado deste ligeiro percalço.
Querido Daniel, a vida é difícil, os amores complicados e a compreensão é muita. Mas tem limites. Eu não me ponho a escrever letras de merda e a compor musiquinhas de ir ao pêssego. Tenho um blogue e aborreço de morte os meus leitores mas não estrago o dia a milhares de pessoas com o mínimo de gosto musical. (Lembrar de escrever um hate mail ao dj que também tem culpa no cartório, assim que chegar ao escritório.).
Dá ou não dá vontade de dizer “sofre para dentro”?

Sunday, June 12, 2005

Os opostos atraem-se

[but someone’s got to give in]
A minha Mãe é frenética – sempre de um lado para o outro; o meu Pai um pacato que prefere ficar por casa. Depois de um fim-de-semana agitadíssimo, ensaio uma provocaçãozinha:
- Espectáculo em Lisboa sexta à noite, casamento em Viseu no sábado e almoço em Coimbra no domingo. Para um anti-social
- Estou completamente exausto.

Saturday, June 11, 2005

Naquela Estação

(Adriana Calcanhoto)

Você entrou no trem
e eu na estação vendo um céu fugir
também não dava mais para tentar
lhe convencer a não partir
agora tudo bem
você partiu para ver outras paisagens
e o meu coração embora finja fazer mil viagens
fica batendo parado naquela estação

Friday, June 10, 2005

Os homens também choram (2)

Uma fragilidade que, em ti, não se limita a comover-me. Tem um poder de sedução inexcedível. Que vai muito além da vontade de dar colo.

Os homens também choram

Aí está uma (aparência de) fragilidade que me encanta.
Que Jorge Sampaio fique com a voz tremida e as lágrimas nos olhos em plena cerimónia oficial, no papel de Presidente da República (espaço, por definição, do formal e do masculino), é, para mim, comovente.

Encontro imediato de terceiro grau (2)

Escusado era a cabeça a pesar juntar-se ao nó na garganta do dia seguinte.

Thursday, June 09, 2005

Mood for the day

- Pode ser uma caipirinha. Bem servida.

Encontro imediato de terceiro grau

Sim, é para oferta. Vou ali dar uma vista de olhos na secção de literatura estrangeira enquanto faz o embrulho. Em destaque está o último do Paul Auster, A noite do oráculo. Espreito o início – tenho a mania de ler a primeira frase, a segunda, a terceira… até me lembrar de onde estou. Assim que termino viro-me para a caixa… E os olhos cruzam-se, finalmente. E permanecem vidrados durante um tempo parado em si mesmo. Os sorrisos abrem-se num impulso, até nos darmos conta de que estão abertos. Compomo-nos desajeitadamente. Agora mais sóbrios, cumprimentamo-nos. Escusado era o meu coração a querer saltar pela boca e a ocupar-me a garganta toda. Empurro-o à força de volta para o lugar e solto um «olá» praticamente imperceptível. (Quando se tem tanto para dizer o melhor é não dizer nada.) Passo por ele mas não resisto a um beijo na cara. Doce e magoado. Sabes bem que não dou beijos na cara assim a mais ninguém.

Adenda: O amor romântico – aquele inventado por certas mulheres (e certos homens) – não morre, quando muito hiberna. Para ser ressuscitado a nosso bel-prazer. Quando se torna imprescindível para remendar estragos e fazer do acaso destino. (O que pode significar uma necessidade a tempo inteiro, se nos viciamos e insistimos em não nos livrarmos dele).

Monday, June 06, 2005

Acordei ligeiramente dorida

Sinto-me como se tivesse feito quatro horas seguidas de body combat (e só eu sei há quanto tempo não ponho lá os pés)... Mas a entrada da minha casa está linda e resplandecente (para contrastar com o estado de alma).

Sunday, June 05, 2005

Terapia – segunda tentativa*

[ou: podia ter-me dado para pior]
Tinta branca? Está.
Tinta amarela? Também.
Pincéis e rolos? De todos os tamanhos e feitios (como principiante que sou).
Fita adesiva? Muita – intercalar paredes brancas com amarelas dá um trabalhão do caraças.
Jornais? Expresso, obviamente.
CDs? Prontíssimos. De música clássica, para dar um tom solene à coisa.

* Em regime de acumulação, claro está.

Saturday, June 04, 2005

Hummm... amarelo!

Vou pintar as paredes do hall de amarelo.
Lembrei-me eu, de repente, a meio da noite.

[Não, não estava a fazer o mesmo que a loira da anedota. I wish…]

Friday, June 03, 2005

Lost in translation

No West Wing, «rogue state» é traduzido por «nação tratante». O que quer que isso queira dizer.

[No Cambridge Advanced Learner’s Dictionary, entre outras definições, aparece «a person who behaves badly but who you still like»; e dá como exemplo "Come here, you little rogue!".
Que bonito mote para o próximo encontro entre Bush e Kim Jong Il…]

Thursday, June 02, 2005

Um muito especial

A «nossa» Ally McBeal tem uma boa explicação – simples e eficaz – para o fenómeno de que te queixas (e com o qual me identifico):
- Ally, what makes your problems bigger than anyone else’s?
- They’re mine.

Wednesday, June 01, 2005

«What I feel is what you feel too. We keep forgetting that.»

Paul Auster entrevistado por Ana Sousa Dias, há dois minutos atrás, n’A Dois. Tão básico. And yet...