
Saturday, November 26, 2005
Segredo para acabar com as noites mal dormidas

Sunday, November 20, 2005
Querido diário
Como é que é? Isto agora vai ser o Pai Nosso de cada dia? Noites mal dormidas, completo zombie no trabalho, olheiras do tamanho de sei lá o quê… É que quando se tem um «cavalheiro rico, bem parecido, com alma de poeta, cabeça de filósofo e coração de manteiga» (excelente síntese, by the way) para nos abraçar a noite toda, os temporais até têm alguma piada. Agora assim… não há lareira, cobertor ou luz acesa que aguente. Convinha que voltássemos ao nosso tempinho tradicional – muita chuva miudinha e uma brisa, nada de furacões. E até lá se calhar o melhor é arranjar uns tampõezinhos para os ouvidos, não?
Saturday, November 19, 2005
Tuesday, November 15, 2005
Mais uma história mínima
[versão Gato Fedorento]
«Era uma vez um rapaz que perguntou a uma rapariga:
– Queres casar comigo?
Ela respondeu:
– O que tu queres sei eu.»
«Era uma vez um rapaz que perguntou a uma rapariga:
– Queres casar comigo?
Ela respondeu:
– O que tu queres sei eu.»
Saturday, November 12, 2005
Thursday, November 10, 2005
Blog zapping (19)
«Quando me casei tive mais um mês de férias que a minha mulher e gravei dois discos. Ficou nesse período selado que se a música não servia para o meu sucesso então integraria o meu mais credível fracasso.»
[Tiago Cavaco, Lamento publicitário]
[Tiago Cavaco, Lamento publicitário]
Sunday, November 06, 2005
Paris in flames: the limits of repression
«Repression has shown its limits. Not that it is useless or harmful, as any government has to protect its citizens against crime. But a repressive policy cannot compensate for racial and social integration, nor offer an answer to discrimination, the housing problems of ghettoised suburbs and (above all) to the unemployment which hits the immigrant population even harder than the majority of job-seekers. Histrionic posturing to attract voters in pre-electoral times can cause more harm than good especially when the very social structure of France is at stake.»
[Patrice de Beer]
[Patrice de Beer]
Saturday, November 05, 2005
Sensibilidade de género
Nos avisos dos maços de tabaco, os homens não querem ler que causa impotência; as mulheres que provoca o envelhecimento da pele.
Thursday, November 03, 2005
The simpsons
- Oh Marge, you must hate me for failing.
- Oh Homie, I don’t hate you for failing. I love you for trying.
- Oh Homie, I don’t hate you for failing. I love you for trying.
Tuesday, November 01, 2005
Monday, October 31, 2005
Dividir para reinar
O maradona é um blogger com uma causa. Com a particularidade da sua causa excluir todas as outras. Deve ser por isso - e for the sake of his argument - que está convencido que as alterações climáticas não afectam os belíssimos animais que expõe, com regularidade e para nosso gáudio, no seu blogue.
[Entretanto o maradona trocou-me as voltas ao desaparecer com o belo Leopardo-das-neves(-derretidas) e o respectivo texto que o acompanhava e agora ninguém percebe nada deste post.]
[Entretanto o maradona trocou-me as voltas ao desaparecer com o belo Leopardo-das-neves(-derretidas) e o respectivo texto que o acompanhava e agora ninguém percebe nada deste post.]
Thursday, October 27, 2005
Querido diário
Hoje não dormi nada bem. Viver nas alturas dá direito a uma vista desafogada mas torna-se demasiado vulnerável a ciclones e intempéries. Não preguei olho a noite inteira com o vento a estoirar-se contra as persianas, as portas a competirem para ver quem batia com mais força e aquele vvuuuuuuuu…vvuuuuuuuu assustador que vidro duplo nenhum consegue anular.
Passei a noite toda encolhidinha na cama, a luz acesa e o edredon por cima da cabeça. E acordei a pensar na falta que faz um homem em casa.
Ou um cão.
Passei a noite toda encolhidinha na cama, a luz acesa e o edredon por cima da cabeça. E acordei a pensar na falta que faz um homem em casa.
Ou um cão.
Monday, October 24, 2005
O princípio do fim
O J. foi promovido e mudou de gabinete. Como o J. partilhava o gabinete com o L., o L. ficou momentaneamente sozinho. Digo momentaneamente porque a I., mulher do L. que também trabalha connosco, não deixou que passassem nem 24 horas para se mudar para o gabinete do seu amado. Empurrou toda a tralha do J. para um canto do gabinete – não fosse ele demorar demasiado tempo a ir buscá-la – e tratou de ocupar a sua secretária, as estantes e o cabide. Agora sim o seu sonho está cumprido: passa as 24 horas do dia colada ao seu marido. Que lindos momentos se devem passar dentro daquelas quatro paredes. Querido, passas-me o furador? [enjoo] Pitéuzinho, hoje quando sairmos daqui vamos juntos ao supermercado antes de irmos para casa. [vómitos] Amor, quem era aquela mulher ao telefone? [o princípio do fim]
Saturday, October 22, 2005
Blog zapping (18)
«As pessoas casadas (ou equiparadas) são geralmente cépticas face ao romantismo. É normal: todas as pessoas sensatas são geralmente cépticas face ao romantismo. E o casamento está mais próximo da sensatez que do romantismo. O romantismo é uma coisa embaraçosa. É uma miragem. Um tumulto. Um equívoco. Mas toda a gente em certo momento é assim e se comporta assim: com um entusiasmo juvenil quase pateta. Contra toda a racionalidade e sem nenhuma estratégia. Apenas seguindo os sentimentos (e sei que esta é uma palavra escorregadia).»
[Pedro Mexia, Atravessar o rio]
[Pedro Mexia, Atravessar o rio]
Sunday, October 16, 2005
Hora da parvoeira (1)
[Discute-se, no café, os próximos doze meses da vida do B. num dos reputadíssimos estágios do ICEP. Por norma, a localização é sempre guardada até à última. Certamente para o efeito surpresa resultar melhor.]
- Já sabes para onde vais?
- Pelas minhas contas, tanto posso ir parar a uma aldeia remota na China como ao norte da Suécia.
- A Suécia parece-me muito bem.
- Tem um certo apelativo feminino.
- Pois… Mas, no Inverno, o número de horas de luminosidade é contado por mês – de tão escassas que são. Não sei se vou aguentar.
- Não estás a ver bem a coisa. Isso de ser noite o tempo todo tem imensas potencialidades.
- Tais como?
- Já viste a duração de uma one night stand num sítio desses?
- Já sabes para onde vais?
- Pelas minhas contas, tanto posso ir parar a uma aldeia remota na China como ao norte da Suécia.
- A Suécia parece-me muito bem.
- Tem um certo apelativo feminino.
- Pois… Mas, no Inverno, o número de horas de luminosidade é contado por mês – de tão escassas que são. Não sei se vou aguentar.
- Não estás a ver bem a coisa. Isso de ser noite o tempo todo tem imensas potencialidades.
- Tais como?
- Já viste a duração de uma one night stand num sítio desses?
Monday, October 10, 2005
Autárquicas (I)
A troika Valentim, Isaltino e Fátima ganhou, sem grandes surpresas, as eleições nos respectivos burgos.
(E eu que não gosto nada daquela frase «o povo tem os líderes que merece».)
(E eu que não gosto nada daquela frase «o povo tem os líderes que merece».)
Autárquicas (II)
Quanto à derrota do Avelino e a respectiva culpa dos jornalistas, como dizia o Miguel Sousa Tavares, estamos todos tão orgulhosos dessa bela profissão.
Autárquicas (III)
Proponho que o momento mais triste da noite seja atribuído ao Rui Rio a cantar o hino nacional.
Já que as barbaridades do Avelino nos deram um gozo especial, a exaltação à beira do enfarte cardíaco de Valentim soou demasiado a déjà vu e o discurso da Fatinha entediou de morte.
Já que as barbaridades do Avelino nos deram um gozo especial, a exaltação à beira do enfarte cardíaco de Valentim soou demasiado a déjà vu e o discurso da Fatinha entediou de morte.
Wednesday, October 05, 2005
Ter um blog
Persianas abertas, porta fechada.
(Pela janela, vê quem quer mas apenas o que queremos mostrar.)
(Pela janela, vê quem quer mas apenas o que queremos mostrar.)
Saturday, October 01, 2005
Blog zapping (17)
«O sofrimento é mais real do que parece, mais inútil, menos metafísico. E nasce um grande respeito por aqueles que, tocados por doenças terminais, resistem até onde podem; ou desistem, com ou sem dignidade. A dignidade é boa para observar nos outros. Mas morre-se bastante sem que a dignidade nos devolva a vida. Não tem nada a ver com tranquilidade, com esperança, com determinação. Morrer com dignidade, morrer em silêncio, deixar um rasto de coisas por fazer. Não há mais nada, em certas alturas.»
[Francisco José Viegas, Corpo, traiçoeiro]
[Francisco José Viegas, Corpo, traiçoeiro]
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