Saturday, July 31, 2004

Férias

Here I come!

[Já sabem qual é a tradição: vou andar cheia de papéis a apontar tudo o que me vem à cabeça, para postar no Aguarela, em jeito de Jackpot acumulado, assim que encontrar um cyber. Beijinhos.]

Thursday, July 29, 2004

Discutindo a deslocalização…

- Cambada de velhos do Restelo. São incapazes de ver as potencialidades de descentralizar o poder. Para vocês tem de estar tudo em Lisboa, a 10 metros de distância, senão não funciona.
- O problema é deslocalizar sem descentralizar, isto é, sem real transferência de competências, que é o que se depreende das medidas tomadas até agora.
- [suspiro…] Eu sou mesmo é pela descentralização da FNAC, da Massimo Dutti, da Women’s Secret, da Calzedonia… Isto é que devia estar espalhado pelo resto do país, em vez de concentrado em Lisboa e no Porto.

Wednesday, July 28, 2004

Já vos disse

Que estou a desesperar por férias?

Tuesday, July 27, 2004

Uma alma caridosa

- Não ando muito feliz com o meu blog.
- Não te preocupes. É tudo uma questão de perspectiva.

Monday, July 26, 2004

«Nada acontece por acaso. Há um motivo para tudo.»

Diz o Mestre Suleman, dotado de poderes para ajudar todo o tipo de problemas. Mas atenção, não é um astrólogo qualquer: o homem tem 26 anos de experiência passadas na floresta negra. Este tipo de sabedoria não é de descartar.
Querem melhor presságio do que encontrar um papel no meu carro com esta verdade incontestável, logo pela manhã?

Até agora, nada

Filho da mãe do botão que tem a mania que é esperto e se esconde em lugares recônditos. Ai, quando lhe puser as mãos em cima...

Sunday, July 25, 2004

E assim se passou

uma semana muito complicada.

Perfect Lovesong

Give me your love
And I'll give you the perfect lovesong
With a divine Beatles bassline
And a big old Beach Boys sound
I'll match you pound for pound
Like heavy-weights in the final round
We'll hold on to each other
So we don't fall down

Give me a wink
And I'll give you what I think you're after
With just one kiss I will whisk you away
To where angels often tread
We'll paint this planet red
We'll stumble back to our hotel bed
And make love to each other
'Til we're half dead

Maybe now you can see
Just what you mean to me

Give me your love
And I'll give you the perfect lovesong
Give me your word
That you'll be true to me always come what may
Forever and a day
No matter what other people may say
We'll hold on to each other
'Til we're old and grey

(The Divine Comedy )

Saturday, July 24, 2004

Flirt pelo prazer do flirt

Em mim, reflecte carência. Neste momento, faz-me sentir egoísta.

Parece-me boa ideia

Prestar o meu tributo e ir ouvir um bocadinho de Carlos Paredes. É triste mas a morte tem, pelo menos, a virtude de nos acordar de novo para a sua vida (e obra).
Começo, claro, pela Canção dos verdes anos e sigo para a Variações em ré maior, Divertimento, Fantasia… ponho no repeat e adormeço, finalmente.

Friday, July 23, 2004

«Me engana que eu gosto»

- Onde é que estavas com a cabeça?
- Enquanto nos enganarmos a nós próprios existe salvação.
- Nem tu acreditas nisso.
- Em alturas como estas, consigo encará-lo como um lema de vida.
- Como uma justificação.
- Que seja. Mais vale dizer “recaída” a torcer para que se revele uma “segunda oportunidade” do que dizer “segunda oportunidade” perfeitamente consciente de que não passa de uma “recaída”.

Bruno, lês pensamentos?

Estava eu neste exercício de auto-comiseração quando li o teu post sobre recaídas.
O meu problema é quando só se torna “recaída” a posteriori. Calculo que seja o menos comum.
Na altura tudo parece tão certo. Como um presente que tanto esperámos, cuidadosamente embrulhado em papel novo, de cores garridas e sem vincos. Um presente pronto a estrear e que tem o condão de fazer tábua rasa do passado. Pior do que isso: a situação aparece envolta numa aura, apresenta-se quase como uma revelação, um desígnio dos deuses – como se o mundo conspirasse para que voltasse a acontecer (e todos sabemos como é impossível resistir a imposições escatológicas).

And yet, mesmo sabendo que o risco do fracasso é enorme, voltamos a tentar. Por fraqueza, por ingenuidade, por romantismo, por amor.
Mas já reparaste como há, de facto, “recaídas” que resultam? Isto é, como há recaídas que se transformam em segundas oportunidades e se revelam para toda a vida? Como podem não ter a força moral de um fracasso e sim representar o perigo que vale a pena correr para se iniciar algo maior, mais profundo?
It happens all the time. E isso é um péssimo precedente para quem quer acreditar acima de tudo.

Precisa-se urgentemente

De localizar o botão on/off.

Devia estar quietinha no meu canto

Só arranjo lume para me queimar.

Thursday, July 22, 2004

Não serás antes

Um pessimista romântico?

[Já agora, parabéns (muito atrasados) por um ano de blog. 3 de Julho, por outros motivos, é uma bela data]

Tempo de antena

Gosto sempre de ouvir o Paulo Portas. Não sei, a minha costela sado-masoquista adora revelar-se nestes momentos. Divirto-me com a personagem. O ridículo tem, de facto, algo de atractivo. Estou consciente de que não passa de uma caricatura, mas isso também o Santana Lopes e esse enerva-me, especialmente com a sua nova pose de estadista. O Paulo Portas, não. O Paulo Portas, com o seu ar empertigado, tem tiradas brilhantes. Como aquela à saída da reunião com o Jorge Sampaio antes da fatídica decisão:
- “Está a chamar de “sabotador” ao Presidente da República?
[momento de silêncio – respira fundo – aquele semblante de gravidade – responde pausadamente com ar ofendido]
- A senhora acha que o líder de um partido conservador alguma vez chamaria esse nome ao Chefe de Estado do seu país?”
Lindo.
Infelizmente, ontem na entrevista da RTP, fiquei muito decepcionada. Nenhuma tirada de bradar aos céus, nenhum momento empolgante. Bolas, já nem para isso vale a pena dar-lhe tempo de antena.

Wednesday, July 21, 2004

Eu também estou a precisar tanto!

Existe colinho simultâneo?

Tuesday, July 20, 2004

A onda

Quando embate violentamente contra as rochas
Traz um pouco delas consigo
Quanto mais dá de si, mais delas recebe
E não vive só de confrontos
Também se enrola na areia, de mansinho

[Estou contigo, meu doce. Como sempre]

Adenda: Tenho consciência que isto ficou muito piroso mas a minha muskinha inspira-me e por ela não me importo de fazer figuras tristes.

Monday, July 19, 2004

Burra

Acabaste de deixar uma pessoa que te faz imensamente bem por uma que já te fez um mal enorme.
 

Sunday, July 18, 2004

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa
 
(Sophia de Mello Breyner Andresen) 

Saturday, July 17, 2004

E arranjar

Um Primeiro-Ministro que saiba ler, não?
 

Friday, July 16, 2004

Brilhante

«E constato que vou ter a governar-me na Câmara de Lisboa alguém que nem sei quem é; a primeiro-ministro alguém que apenas se candidatou à Câmara de Lisboa; na presidência da Comissão Europeia alguém que foi o maior derrotado das eleições europeias, alguém que na hora decisiva se pôs ao lado da "arrogância e do unilateralismo" americano contra a Europa e alguém que jurou aos portugueses que não fugia, como o seu antecessor. E na Presidência da República alguém que se esqueceu de quem e porquê o elegeu. Ou seja: ninguém, de facto, me representa e, todavia, eu votei em todas as eleições. Entre mim e esta democracia há qualquer coisa que não bate certo. Ou será entre mim e o "patriotismo moderno"?»
 
[Miguel Sousa Tavares, Público, 16 Julho 2004]
 

Thursday, July 15, 2004

Fico Assim Sem Você

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
 
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim
 
Amor sem beijinho
Bochecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você
 
Tou louco pra te ver chegar
Tou louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
 
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio ta de mal comigo
Porquê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem a estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
 
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio ta de mal comigo
Porquê?
 
(Adriana Calcanhoto) 
 
Já reparam como há determinadas letras de músicas que se situam mesmo no linear do kitsch? É só o cantor que faz a diferença. E tudo o que traz consigo para a canção – voz, arranjos musicais, sentimento.
Esta é uma delas. Cantada pela Adriana, revela-se de uma simplicidade comovente (pelo menos para quem, como eu, tem uma certa queda por este tipo de letras…).
 

Wednesday, July 14, 2004

«No domínio do amor e da paixão, somos ainda analfabetos»

«…nesta espiral em que a paixão cresce à medida que vai crescendo a impossibilidade de a concretizar, a solidão aumenta irreversivelmente.»
 
[Eduardo Prado Coelho, Público, 14 Julho 2004]
 

Tuesday, July 13, 2004

Ridiculamente insegura

Em conversa sobre a mudança de casa da irmã:
[ele, decidido a revelar-se, por fim] – Bem que eu gostava que a tua irmã viesse viver para ao pé de mim.
[ela, a pensar que tinha finalmente atingido tudo] – Hmm, para lhe ires pedir açúcar com regularidade?
[ele, a constatar que ela afinal não tinha atingido nada] – Não, espertinha, para a irmã dela deixar de ter desculpas para não me vir visitar com mais frequência.
 

Sunday, July 11, 2004

Shut out from reality

Cheia de trabalho, com vírus num computador e sem privacidade no outro, estive semanas inteiras fora do mundo. Isto é, fora do mundo que realmente interessa.

[Tal qual viciada, fui escrevendo uns posts numa folha de papel. Sempre que me apeteceu dizer-vos alguma coisa. Optei por pô-los por ordem cronológica durante os próximos dias.]

«Tou aquiiiiii»

[para ser lido em voz alta com o mesmo fulgor do “Sozinho” do Caetano]

Saturday, July 10, 2004

Vulnerável

- Tiveste saudades minhas?
- Eu não.
- Então mente, mente.

Friday, July 09, 2004

Jorge Sampaio

E a espada de Dâmocles.

Wednesday, July 07, 2004

Se tanto me dói que as coisas passem

É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem
 
(Sophia de Mello Breyner Andresen) 
 

Tuesday, July 06, 2004

Move on!

Esta sensação de “expectativas defraudadas” vai custar muito a passar?
Eu estou a tentar mas de cada vez que recebo mails paternalistas de amigos gregos volto ao mesmo: o campeonato era nosso, tinha que ser nosso, tudo conspirava para que fosse nosso. Lipimeno.
 

Sunday, July 04, 2004

As vantagens da previsibilidade

Como diz o Pedro Mexia, “a coerência aborrece”. Mas há coerências que sabem tão bem. Um exemplo: ter a certeza que os meus blogs favoritos têm invariavelmente algo para ler que me faz tão bem e praticamente todos os dias. Ou seja, sem lapsos de tempo vergonhosos como os meus. 

[Esta é especialmente para o JC da Tribo dos Sonhos que anda a ameaçar – e com toda a razão – deixar de me ler.]
 

Saturday, July 03, 2004

He’s coming back

“… no blog Fora do Mundo, onde passarei a escrever, muito em breve.”
 
[Entrevista TSF, Pessoal e Transmissível, 2.07.2004]
 
Cá te espero, perdão, esperamos.
 
[Um pequeno aparte para perguntar à Joana se ela está louca. O “meu” monstro? O que é isto de mexer com fantasias alheias? E onde é que já se viu tirar-me a ideia do que eu queria escrever sobre a entrevista do Pedro ontem na TSF. E, ainda por cima, com um comentário lindo. Isto resolve-se mesmo é na lama! (ficou gira esta, não ficou?)] 

Friday, July 02, 2004

Ausência

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
 
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua. 
 
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
 

Não se perdeu nenhuma coisa em mim

Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
 
(Sophia de Mello Breyner Andresen, Poesia I

Ídolos

A maior virtualidade dos ídolos é sobreviverem a tudo. Principalmente à morte.
 

Ah, o Conselho Nacional do PSD

Esse grande órgão da soberania portuguesa.
 

Thursday, July 01, 2004

Há quem precise de um valente puxão de orelhas

Para se revelar, não é Figo?