Thursday, September 30, 2004

Protótipos de mulheres II (com direito a foto)

[Título alternativo: L’essenziale é invisibile agli occhi… ma anche l’occhio vuole la sua parte!]



[Ok, bate certo. Concedo que diante deste mulheraço – que, por acaso, faz hoje 35 anos – não seja particularmente relevante se ela é ou não inteligente.]

Wednesday, September 29, 2004

Protótipos de mulheres

- Eu acho óptimo que tu sejas selectivo, mas não achas que começas a exagerar? Diz lá quem é que te encheria as medidas.
- Três atributos físicos por cada um de personalidade.
- Explica-te.
- Carinhosa – bom rabo, boas mamas, boas pernas;
Inteligente – bonita, sensual, pele macia;
Sentido de humor – lábios provocantes, pescoço atraente, costas que dão vontade de tocar.
- Por que não ao contrário? Por que privilegias atributos que daqui a cinco ou dez anos já serão sinónimos de rugas, flacidez e celulite, em detrimento da inteligência, doçura ou sentido de humor que a acompanharão para o resto da vida?
- Xiiiiuuuu… não me distraias. Está caladinha um bocadinho, sim?

Tuesday, September 28, 2004

O Bruno é um cavalheiro

- Olha, foste trocada no destaque semanal do Avatares.
- Sim, mas pelo… Pedro Mexia.

Monday, September 27, 2004

Uma pequena dúvida

O que se passará na cabeça de alguém que se desloca desde a Figueira da Foz até ao Algarve para se juntar às aglomerações de rua e clamar por justiça, no caso do homicídio da Joana?

Um post enfurecido em defesa do Clooney

Querido Bruno,
Sabes que eu gosto imenso do teu blog, leio-o todos os dias com devoção, aprecio francamente os temas que escolhes para perorar… mas que ideia é esta – e não é só tua – de associar o Sócrates ao Clooney?
Estou perfeitamente consciente do desgraçado panorama estético dos actores da nossa política nacional mas ainda assim: comparar alguém para quem não se olharia duas vezes na rua com aquele quarentão de bata branca, capaz de fazer tremer os joelhos, é pura infâmia.
Parem lá com isso. Por favor.

Sunday, September 26, 2004

Humm…

Que dia absolutamente delicioso.
Uma praia deserta, onde se ouve somente a voz do mar, onde a areia intocada se quebra debaixo dos pés, onde os passos fingem ficar gravados para todo o sempre.

Saturday, September 25, 2004

E perguntam vocês:

- Como se responde à turcofobia, absolutamente vergonhosa, demonstrada por alguns comissários europeus que insistem em obstar a entrada da Turquia na União Europeia?
- Com uma bela reportagem do Economist:

«It is impossible to demonstrate a priori that Islam is incompatible with liberal democracy. But Turkey is as good a test-case as any with which to prove the point. Indeed, it is precisely in order to encourage Turks (and other Muslims) to buy into liberal democracy that Turkey must be given the benefit of the doubt, and offered EU membership talks. If the Turks move backwards, whether on human rights or on religious fundamentalism, they can always be shown the door again.

The ramifications stretch far beyond Turkey. America and its allies are seeking to foster liberal democracy in the Middle East. In the post-September 11th world, a no to Turkey could have catastrophic consequences. If the EU were to turn its back on Turkey now, not only might Turkey’s own reforms be under threat but it would be widely interpreted in the Muslim world as a blow against all Islam. Conversely, if Turkey becomes part of the European club, it would serve as a beacon to other Muslim countries that are treading, ever so warily, down the path to freedom and democracy.
»

[“Why Europe must say yes to Turkey”, Economist, 18-24.09.2004]

Ah… a Place des Vosges


Com um casal a dançar um tango argentino que ecoa por toda a praça, que entra pelo corpo a dentro e faz ter vontade de rodopiar com um perfeito desconhecido.

Friday, September 24, 2004

Receita para não alienar o centro

O Sócrates não é de convicções excessivamente fortes, pois não?

["A Bússola Política do PS", Público, 24.09.2004]

Thursday, September 23, 2004

Ainda o simbolismo das estações de comboio

Curioso o texto que o Bruno escreveu há algum tempo atrás sobre as estações de comboio enquanto lugares de despedida. Por que será recorrente que, quando se mencionam estes espaços, a primeira lembrança que vem à cabeça é o facto de serem “palcos para a perda”, como diz o Bruno de uma forma tão bonita, ou ainda simbolismos de “futuro sofrimento”, como diz o Jorge na sua réplica ao post? Parecerão as estações mais reais, mais vividas, ou porventura mais românticas em momentos de tristeza do que em momentos de alegria?
Incontestavelmente, as estações de comboio são tanto locais de reencontros como de desencontros. O que as torna tão especiais é precisamente o facto de significarem ambos em simultâneo. Não retratam a divisão sentimental, patente na separação física das “partidas” e “chegadas” dos aeroportos, que inevitavelmente torna um dos locais enublado e sofrido para tornar o outro colorido e reconfortante.
As estações de comboio estão singularmente repletas de sentimentos contraditórios: momentos de angústia e momentos de consolo; tão impessoais nas horas mortas e tão à flor da pele nos minutos que antecedem e se seguem ao aparecimento e desaparecimento do comboio, ansiosamente acompanhado desde que aparece no horizonte até perder de vista.
Nas estações, ao contrário dos aeroportos, as partidas e chegadas – e todos os sentimentos que estas acarretam – encontram-se e confundem-se, invariavelmente, numa mesma linha. E igualmente unido por essa linha emerge, sobretudo, o medo do esquecimento. Sempre presente. Em quem vai e em quem fica, em quem volta e em quem esperou.

[Aproveito para agradecer ao Bruno um certo destaque, tão amável, que deixou esta aguarela inchadíssima.]

Wednesday, September 22, 2004

Vá, conta lá como me descobriste

Não sei quê da ONU, bla-bla-bla, bla-bla-bla e uma relação mal curada.
Como uma relação mal curada? Que relação mal curada? Eu lá escrevo sobre uma relação mal curada? Alguém lendo este blog me associaria a uma relação mal curada?

[intervalo para respirar]

A relação está curadíssima. É bem verdade que às vezes me dá para esquecer… mas isso passa-me. Ai não que não passa.

Tuesday, September 21, 2004

«Férias atribuladas»

Foi como a SIC apresentou hoje a notícia da tempestade tropical Jeanne que devastou a República Dominicana, Haiti, Bahamas, e Porto Rico.
A catástrofe natural fez mais de 600 mortos mas chato, chato foi ter arruinado as férias de um casal de portugueses em Punta Cana.
Provincianismo é pouco para classificar a confusão mental de quem achou esta reportagem pertinente.

Monday, September 20, 2004

It’s no use

I’m actually pretty good at self-depreciation.

Primeira lição

Pronto. Ou melhor, prontos.
Eu sei que o Aguarela não é, nem de longe nem de perto, como tantos blogs extraordinariamente interessantes e magnificamente escritos que proliferam na blogosfera e nos deixam ansiosos, a roer as unhas, à espera de um post – unzinho que seja – para ganharmos o dia.
Não é sincero e comovente como o da Muska, não é generoso e doce como o da Joana, não é ternurento e carinhoso como o da Rita... estou a sentir-me tão pequenina… inteligente e sensível como o da Inês, espontâneo e bem-humorado como o da Sara... e acabo de me aperceber que também a blogosfera funciona a duas velocidades e eu continuo presa ao Mediterrâneo… hilariante e arrebatador como o da Rititi, delicioso e genial como o da Charlotte... já nem me lembro bem onde queria chegar… ah, mas… é… é o meu Aguarela…

Custou-me

Não ter ouvido nem um elogio.
Mas eu também tenho que aprender a deixar de ser tão insegura.

Sunday, September 19, 2004

Se eu negar três vezes

Convences-te de que te estou a mentir?

E se de repente

Um amigo te diz que descobriu o teu blog?

Estereótipos sexuais

Curiosa a indignação do João Pereira Coutinho, no Expresso da semana passada, perante o grupo de mulheres-bomba, as "Viúvas Negras", envolvidas na tragédia de Beslan. [Tinha-me esquecido de comentar e dei com ele, de novo, hoje de manhã.]
Arriscar-me-ia a dizer – embora ciente da cultura literária do cronista – que as teses feministas sobre a relação entre mulheres e conflitos armados não são o seu forte.
Há imensa literatura que desmistifica a ideia essencialista de mulheres associadas à paz (e vítimas passivas da violência) e homens associados às guerras (enquanto únicos perpetradores dessa mesma violência).
Esta ideia, convenhamos, faz uma divisão demasiado simplista dos papéis. As mulheres não aparecem como intervenientes apenas no terrorismo à escala global; a sua participação activa em vários conflitos, quer nas forças armadas, quer em grupos paramilitares, tem sido amplamente omitida. E esta omissão do seu papel na guerra tem ramificações, conduzindo, frequentemente, a uma negligência do seu potencial papel em contextos de paz.
O pacifismo inerente às mulheres pela sua condição feminina não me convence e, por mais que choque, não é um dado com que possamos contar; mas existe, sim, uma especificidade e uma perspectiva particular no seu discurso que importa valorizar e sem as quais, tanto a análise das causas profundas dos conflitos como as iniciativas de restabelecimento e consolidação da paz, resultarão necessariamente amputadas.

Saturday, September 18, 2004

Como eu te compreendo (II)

«A mesma distância que me destrói por dentro quando é recente, acaba por me trazer a paz quando se prolonga. (…) isto explica, naturalmente, todo o medo que tenho quando a proximidade se volta a aproximar

Não sou militante do Bloco de Esquerda

Mas aqui está uma bela resposta à acusação de “partido das minorias”, nesta entrevista ao Daniel Oliveira, n’A Capital [via um dos dedicados comentadores do Barnabé]:

«Quando o Bloco defende, por exemplo, aquilo que se consideram os direitos das minorias, do meu ponto de vista defende a democracia. Defende um novo conceito para a maior parte da esquerda, que é este: os direitos cívicos não se medem pela quantidade de pessoas que são abrangidas por eles. Sempre que há alguém que é discriminado por qualquer uma das suas opções, é toda a sociedade que é interpelada. A democracia é um tecido coerente que não permite que haja uma parte da população, por ser pouca, por ser classe média ou baixa, não interessa, que possa estar fora dela.»

Friday, September 17, 2004

Eu te amo

Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir

Se, ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Se nós nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir

Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu

Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu

Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir.

(Tom Jobim / Chico Buarque)

Thursday, September 16, 2004

These foolish things remind me of you

Alguém, ao meu lado, a pedir almendrados.

Wednesday, September 15, 2004

Eu não sou burra, sou é distraída

Descobri hoje que tenho persiana na pequenina janela da casa-de-banho. Exacto: hoje, muitos meses depois de me mudar.
Estou a chegar a casa e, como tive que andar às voltas para arranjar lugar para estacionar, resolvo inspeccionar as janelas do prédio para tentar averiguar se os vizinhos tinham todos combinado voltar de férias ao mesmo tempo. Ao encetar esta árdua tarefa de cabeça ao alto, eis que reparo que algumas das janelas dos outros andares correspondentes à minha casa-de-banho tinham, de facto, as persianas fechadas. Pergunta inevitável: será possível eu nunca ter reparado naquela fitinha comprida que, por norma, se situa ao lado das ditas janelas para deixar ou impedir a luz de entrar? Estaciono o carro num ápice, subo as escadas a correr e chego a minha casa decidida a redescobri-la. Entro de rompante na casa-de-banho e lá estava ela, a fitinha, pronta a ser puxada, assim que alguma alma se dignasse a dar por ela.
Conclusão para levantar o ego: a minha casa é uma linda caixinha de surpresas.
Conclusão para pôr o ego no seu devido lugar: o título deste post... mas ao contrário.

And here’s another thought: se o construtor achou que aquelas janelas, ainda que de tamanho reduzido e junto ao tecto, deviam ter persianas, é porque, se calhar, já adivinhava o quanto se conseguiria ver lá para dentro. O que quer dizer, portanto, que ando há largos meses...

Tuesday, September 14, 2004

É impressão minha

Ou, à semelhança do autor que se tem deliciado a traduzir, o Rui está a “jogar a uma coisa” com os seus leitores?
Quem não conhece a obra – como eu – está nas suas mãos. Espera ansiosamente pelos próximos capítulos sem ter vontade de transgredir; segue a história, passo a passo, ao sabor do ritmo que o Rui quer impor; e vai partilhando, assim, da angústia e do prazer que essa expectativa e manipulação acarretam.

Relações à distância

A “conversar” no messenger com um amigo, sai-me subitamente esta frase:
- «Sometimes distance is actually the only reason why you're still together

Estarei a ficar madura ou cínica?

Esta reflexão do João

Merece ser lida. Mas com olhos de ler.
Afastar os tais protagonistas do terrorismo como interlocutores de uma solução pacífica, na medida em que o seu objectivo deixou há muito de ser político para passar a ser o terror pelo terror, não deveria implicar fazer vista grossa aos possíveis intervenientes numa necessária reaproximação com um mundo islâmico heterogéneo, just for the sake of the argument.

O que é que tem o Barnabé que é diferente dos outros?

Um simples link. Bastou um simples link para encher esta aguarela de cores resplandecentes.

Monday, September 13, 2004

Uma data que não me lembro de não recordar

Este deve ser o único espaço em que me revelo que tu desconheces. Mas, ao revelar-me, revelo-te a ti, revelo o bem que me fazes, a segurança que me inspiras, o carinho que me transmites.
Parabéns. Que faças muitos. Assim, bem pertinho de mim.

Sunday, September 12, 2004

Huntington pela escrita de Miguel Sousa Tavares

«Finalmente, alguém no mundo islâmico pôs a mão na consciência e ousou dizer alto a terrível verdade: "Todos os terroristas do mundo são muçulmanos." O autor desta frase, tão verdadeira quanto cruel, não foi (ainda) algum imã, algum dirigente religioso islâmico, mas sim um "civil"…»

«Na sua génese, o terrorismo é uma batalha ideológica, que o Ocidente tem de travar e de vencer. »

[Miguel Sousa Tavares, Público, 11 Setembro 2004, itálicos meus]

Parece que o discurso do “nós contra eles” veio mesmo para ficar. Este é, infelizmente, só mais um artigo a argumentar o que muitos outros já argumentaram.
Temo que terá acertado quem disse que não importaria verdadeiramente discutir se Huntington teria ou não razão mas sim apercebermo-nos até que ponto estariam dispostos a dar-lha. "De um lado e do outro".

Saturday, September 11, 2004

Friday, September 10, 2004

Qual Lusa, qual quê

Parabéns ao Barnabé que faz hoje um ano. Por ser uma espécie de agência blogo-noticiosa séria, inteligente, militante e – por que não? – cáustica. Sempre lhe dá mais piada.
Do melhor que esta blogosfera tem.

Thursday, September 09, 2004

Avisam-me que o Nimed é prejudicial à saúde

Sinceramente, não é novidade. Sempre afirmei que, para atacar as minhas dores de cabeça da forma rápida e eficiente que lhe é característica, tinha que fazer mal a alguma coisa.

Mas pronto, vá, eu transijo: nem Nimed, nem substituto igualmente corrosivo: mais vale dor na alma que úlcera. Safa.

Wednesday, September 08, 2004

A prostituição na vanguarda da globalização

Aqui fica um cheirinho da reportagem no Economist, para os sociólogos e interessados da praça.

«Immigration seems to be having a predictable effect on commercial sex: real prices are falling, consumption rising and indigenous workers struggling

«For prostitutes and those who make money from them, the advantages of migration and free trade are clear: wage differentials are high, English-speaking skills are not essential, and, because the whole sector is unregulated, there are no trade unions or protectionist labour laws to worry about

[The Economist, 4-10 Setembro 2004]

Tuesday, September 07, 2004

Parabéns à minha madrinha

Por seis meses de Lembranças!
Sem o teu blog ter puxado o meu, não nos teríamos redescoberto, num registo diferente, que reforça laços e encurta as distâncias.
O teu blog - mais do que qualquer outro – prova, como diz o Alexandre de uma forma belíssima, que «...um blog, mais que ao ego ou à literatura, pode servir a causa dos afectos.»

Monday, September 06, 2004

Proposta de novo blog

A Vanessa é brilhante.
Embora leitora dedicada da Ana Sá Lopes no Glória Fácil e no Público em geral, tenho um fraquinho especial pelas crónicas da Vanessa. Gosto tanto daquelas teorias rebuscadas que ela arranja para racionalizar os seus desvaires amorosos…
Sabendo que estou longe de ser a única, ocorre-me perguntar como é possível que nenhum fã se tenha lembrado de fazer um apanhado das crónicas e de as disponibilizar online para todos nos podermos deliciar. Daqueles que são obra de fanáticos (tipo eu) e têm no título “textos organizados sem participação do próprio autor”.

[Claro que pode já existir e eu não ter encontrado por pura inaptidão minha. Em todo o caso, se houver, agradece-se um mail a informar; se não houver, candidato-me a fazer a recolha (agradecendo a ajuda de quem perceba mais do que eu).]

Ah, e tudo isto em prol de um mundo mais risonho.

Fiz o teste da Vanessa e...

Estou em maus lençóis.


[Embora tal revelação, convenhamos, não seja nenhuma novidade nem para o mais desatento dos leitores do aguarela.]

Adenda: Se calhar é o Voltaren que é muito fraquinho. Vou tentar o Nimed.

Instruções para se “medir o amor”

«É no fim do amor que se descobre o tamanho. Quando acaba. Antes não se lhe consegue tirar as medidas, fiz grandes esforços, mas foi inútil. Só se descobre o tamanho do amor quando se acaba tudo. É uma contradição, mas é a verdade. Quando se acaba e só dói um músculo, ou uma cãibra, e tomas Voltaren e passa, é porque era um amor pequeno. Se te cair uma grua em cima, talvez fosse grande. Acabar com um amor pequeno é bom, é só uma maçada. Cada vez que percebo que era um amor pequeno fico contente. Oh, mas devia ser possível tirar as medidas, para evitar tratar um grande como se fosse um pequeno ou um pequeno como se fosse um grande. Estás a ver, eu gostava de amar proporcionalmente.»

[Ana Sá Lopes, Público, 5 Setembro 2004]

Sunday, September 05, 2004

Respostas um tanto ou quanto deprimentes

- "Não achas que te expões demasiado com o que escreves no blog?"
- Por isso é que ele é anónimo.

- "Achas mesmo que o que dizes é assim tão relevante para ser partilhado?"
- Ui, o terror das inseguras. Resposta anterior com ainda maior veemência.

- "Não achas que perdes demasiado tempo com o blog?"
- Estou na fase apaixonada da coisa: acho que devia perder muito mais.

- "Porque é que não arranjas uma vida?"
- Uma vida sem blog? Naa…

Darfur II

O relatório das Nações Unidas por que todos aguardávamos, relativamente à tragédia humanitária em Darfur, concluiu que o governo do Sudão tinha falhado no seu compromisso em desarmar as milícias árabes e pôr fim aos ataques a civis na região até ao final de Agosto.
O conteúdo do relatório apresentado ao Conselho de Segurança não foi novidade.
A reacção da Rússia, que optou por obstaculizar a imposição de sanções, infelizmente, também não.

Saturday, September 04, 2004

Em estado de choque

Com a tragédia na Ossétia do Norte.
À boa maneira JPPiana: este é, decididamente, um tema a desenvolver.

Thursday, September 02, 2004

«Fear can stop you loving

Love can stop your fear»

[“Fear and love”, Big Calm, Morcheeba]

Lema para suportar fases más

They come; but especially they go.

Sinais de demência

Tive um sonho estranhíssimo, hoje. Estava em casa dos meus pais a arrumar as coisas quando o Alexandr parou para tomar um café e começou a conversar comigo e a explicar-me a trajectória da sua vida: «Ser ginasta famoso. Competições internacionais. Mas últimos Jogos Olímpicos cair tapete. Ficar sem dinheiro e vir trabalhar para Portugal.»
Acordei estremunhada. Esta minha cabecinha conseguiu misturar Jogos Olímpicos, imigração e caixotes.