Michael Phelps, nadador norte-americano de 19 anos, no seu melhor. Sexta medalha and fighting for more.
Friday, August 20, 2004
É um facto
Que o segundo e quarto lugares são sempre os piores. Deixam um sabor amargo a quase-vitória.
Momentos de deliciosa tensão
A norte-americana Carly Patterson, de 16 anos, esteve fantástica na ginástica individual feminina. Então na trave, – prova que mais me empolga –, foi elegante e seguríssima. Esteve, de facto, melhor do que a Khorkina que, apesar de um excelente desempenho, acabou em segundo lugar, despedindo-se, muito provavelmente, da sua participação em Jogos Olímpicos. Brindou-nos com um grande sorriso, é verdade, mas só mesmo no fim. (Ai que discordei da minha querida bomba.)
Fiquei triste com o quarto lugar da russa Anna Pavlova. Acho-a francamente mais graciosa que Zhang Nan, a chinesa que conseguiu o terceiro lugar. Curioso foi ela ter deixado a Pavlova em prantos e não ter esboçado qualquer espécie de reacção. Foi a primeira medalha em Jogos Olímpicos e a rapariga não chorou, não sorriu, não festejou. Parecia que tinha ido lá só "ver a bola".
O título voltou, então, para os EUA, vinte anos depois da célebre Mary Lou Retton, em Los Angeles. Mas adivinhem lá a naturalidade dos treinadores da mais recente campeã olímpica…
Fiquei triste com o quarto lugar da russa Anna Pavlova. Acho-a francamente mais graciosa que Zhang Nan, a chinesa que conseguiu o terceiro lugar. Curioso foi ela ter deixado a Pavlova em prantos e não ter esboçado qualquer espécie de reacção. Foi a primeira medalha em Jogos Olímpicos e a rapariga não chorou, não sorriu, não festejou. Parecia que tinha ido lá só "ver a bola".
O título voltou, então, para os EUA, vinte anos depois da célebre Mary Lou Retton, em Los Angeles. Mas adivinhem lá a naturalidade dos treinadores da mais recente campeã olímpica…
O Simãozinho
Bateu o recorde nacional de 100 metros mariposa. Não se conseguiu qualificar para as meias-finais – o que era muito difícil – mas não foi a Atenas em vão.
Além de ter ficado contente, estou perfeitamente convencida que isto de apostar em gajos giros até dá os seus frutos.
Além de ter ficado contente, estou perfeitamente convencida que isto de apostar em gajos giros até dá os seus frutos.
Agora que a minha cabeça já descobriu, está determinada, convicta e corajosa
Could someone explain it to my heart?
Thursday, August 19, 2004
Encruzilhada
A esperança e mesmo a negação têm um papel importante em crises amorosas. Durante um tempo, difícil de determinar, servem para aparar a queda. São uma espécie de tapete – ainda que bem fininho – que aconchega a dor.
O complicado é sair dessa espécie de limbo que nos parece proteger da realidade. Concluir que se deve, finalmente, andar para a frente, além de ser uma decisão particularmente crítica, raramente é definitiva: surgem dúvidas genuínas, hesitações compreensíveis ou pura falta de coragem.
Mas, por norma, os sinais estão todos lá. Não querer ver teve o seu papel. Mas já deixou de o ter.
O complicado é sair dessa espécie de limbo que nos parece proteger da realidade. Concluir que se deve, finalmente, andar para a frente, além de ser uma decisão particularmente crítica, raramente é definitiva: surgem dúvidas genuínas, hesitações compreensíveis ou pura falta de coragem.
Mas, por norma, os sinais estão todos lá. Não querer ver teve o seu papel. Mas já deixou de o ter.
Wednesday, August 18, 2004
Don’t worry, Be Happy
Erasmus não é uma experiência consensual, é antes uma experiência radical: ou se adora ou se detesta. Dependerá, até um certo ponto, da capacidade de adaptação da pessoa em causa, mas o mais importante são, sem dúvida, as condições que lhe são proporcionadas.
Isto, vindo de quem já foi mais de uma vez para fora, ficou sempre, mas voltou com plena consciência da sorte que teve.
Cá ou lá, o importante é estares bem. Contigo mesmo, com a decisão que tomaste. É tão corajoso ir como resolver voltar.
Beijinhos e aproveita o resto das férias.
Isto, vindo de quem já foi mais de uma vez para fora, ficou sempre, mas voltou com plena consciência da sorte que teve.
Cá ou lá, o importante é estares bem. Contigo mesmo, com a decisão que tomaste. É tão corajoso ir como resolver voltar.
Beijinhos e aproveita o resto das férias.
Tuesday, August 17, 2004
Alguém ganhou no totoloto
E não é que estava eu a deliciar-me com solinho e banhocas por terras espanholas quando começo a ouvir a Aquarela a tocar, ao longe, no bar da praia?
Sinal divino para eu ir cuidar do meu blog, pensei eu. E, assim, aproveito para atribuir o prémio Jackpot à justa vencedora.
Já agora, aqui fica a letra. Uma ternura.
Aquarela
(Toquinho/Vinícius de Moraes/ G. Morra/ M. Fabrizio)
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis rectas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando
A imensa curva norte sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América à outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
Sinal divino para eu ir cuidar do meu blog, pensei eu. E, assim, aproveito para atribuir o prémio Jackpot à justa vencedora.
Já agora, aqui fica a letra. Uma ternura.
Aquarela
(Toquinho/Vinícius de Moraes/ G. Morra/ M. Fabrizio)
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis rectas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando contornando
A imensa curva norte sul
Vou com ela viajando
Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando
É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo
Um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo
Sereno indo
E se a gente quiser
Ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida
De uma América à outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida
E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
Que descolorirá
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva
Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo
Que descolorirá
Sunday, August 15, 2004
Justiça dos vencedores
As últimas informações que nos remetem, de novo, para os horrores das guerras nos Balcãs deixam um nó na garganta difícil de engolir.
O General croata Thomir Blaskic, que tinha sido condenado a 45 anos de prisão pelo Tribunal Internacional para a ex-Jugoslávia por crimes de guerra e contra a humanidade, cometidos em 1993 contra bósnios muçulmanos, foi libertado quatro anos após ter sido interposto recurso.
Esta decisão é particularmente delicada. Em primeiro lugar, por acicatar novamente a relação conflituosa que tem pautado a vida das comunidades croatas e muçulmanas; em segundo, por parecer dar razão a quem considerava o Tribunal um mero instrumento dos vencedores contra os vencidos – isto é, contra os sérvios; e ainda, por deixar a nu a impotência do Tribunal face a determinadas pressões, mesmo nas escassas ocasiões em que teve possibilidade de julgar os presumíveis culpados dos crimes horrendos praticados desde 1992 até à guerra no Kosovo.
Esta nova sentença poderá afectar outros julgamentos actualmente em curso neste Tribunal, dos quais sobressai o de Milosevic, como lembra o Embaixador Cutileiro – uma autoridade nesta matéria – no seu artigo do Expresso de 7 de Agosto. E coloca ainda o Tribunal numa posição inevitavelmente fragilizada para exigir a entrega de outros dos principais mentores da limpeza étnica perpetrada na Bósnia – como Mladic ou Karadzic – que até agora não estão a braços com a justiça e, de momento, dificilmente estarão.
Mas, infelizmente, esta questão tem ramificações mais abrangentes. Também a credibilidade de outros tribunais do género sai minada, como é o caso do Tribunal Internacional para o Ruanda. E até o incipiente Tribunal Penal Internacional é lesado por este julgamento: nas actuais circunstâncias em que a relutância relativamente à sua utilidade é o padrão, o fracasso em punir quem parecia não ter conseguido sair incólume à pressão internacional põe claramente em causa as verdadeiras capacidades deste instrumento do direito internacional de punir e, de forma preventiva, pôr cobro a estas atrocidades.
O resultado mais evidente desta decisão é a frustrante sensação de que a impunidade paira no ar.
O General croata Thomir Blaskic, que tinha sido condenado a 45 anos de prisão pelo Tribunal Internacional para a ex-Jugoslávia por crimes de guerra e contra a humanidade, cometidos em 1993 contra bósnios muçulmanos, foi libertado quatro anos após ter sido interposto recurso.
Esta decisão é particularmente delicada. Em primeiro lugar, por acicatar novamente a relação conflituosa que tem pautado a vida das comunidades croatas e muçulmanas; em segundo, por parecer dar razão a quem considerava o Tribunal um mero instrumento dos vencedores contra os vencidos – isto é, contra os sérvios; e ainda, por deixar a nu a impotência do Tribunal face a determinadas pressões, mesmo nas escassas ocasiões em que teve possibilidade de julgar os presumíveis culpados dos crimes horrendos praticados desde 1992 até à guerra no Kosovo.
Esta nova sentença poderá afectar outros julgamentos actualmente em curso neste Tribunal, dos quais sobressai o de Milosevic, como lembra o Embaixador Cutileiro – uma autoridade nesta matéria – no seu artigo do Expresso de 7 de Agosto. E coloca ainda o Tribunal numa posição inevitavelmente fragilizada para exigir a entrega de outros dos principais mentores da limpeza étnica perpetrada na Bósnia – como Mladic ou Karadzic – que até agora não estão a braços com a justiça e, de momento, dificilmente estarão.
Mas, infelizmente, esta questão tem ramificações mais abrangentes. Também a credibilidade de outros tribunais do género sai minada, como é o caso do Tribunal Internacional para o Ruanda. E até o incipiente Tribunal Penal Internacional é lesado por este julgamento: nas actuais circunstâncias em que a relutância relativamente à sua utilidade é o padrão, o fracasso em punir quem parecia não ter conseguido sair incólume à pressão internacional põe claramente em causa as verdadeiras capacidades deste instrumento do direito internacional de punir e, de forma preventiva, pôr cobro a estas atrocidades.
O resultado mais evidente desta decisão é a frustrante sensação de que a impunidade paira no ar.
Saturday, August 14, 2004
Publicidade II
E o da Sagres?
«Iiihhh, oh Daniela, agora não dá.»
É, aliás, particularmente verosímil… Está-se mesmo a ver eu a dizer: «Iiihhh, oh Gianecchini, agora não dá.»
«Iiihhh, oh Daniela, agora não dá.»
É, aliás, particularmente verosímil… Está-se mesmo a ver eu a dizer: «Iiihhh, oh Gianecchini, agora não dá.»
Friday, August 13, 2004
Neste Jogos Olímpicos
Estou a torcer pelo Simão Morgado. E não é só por gostar de natação…
[Desculpem a infantilidade do post, mas o rapaz é pouco giro, é]
[Desculpem a infantilidade do post, mas o rapaz é pouco giro, é]
Wednesday, August 11, 2004
Monday, August 09, 2004
Pessimista/realista
A minha recaída durou três dias e augura-se um cruel calvário durante as próximas três semanas, um sofrimento penoso durante os próximos três meses e lembranças dolorosas durante os próximos três anos.
Sunday, August 08, 2004
Tomara
Tomara que você volte depressa
que você não se despeça
nunca mais do meu carinho
chore, se arrependa e pense muito
que é melhor se sofrer junto
que viver feliz sozinho
Tomara que a tristeza te convença
que a saudade não compensa
e que a ausência não dá paz
Que o verdadeiro amor de quem se ama
tece a mesma antiga trama
e não se desfaz
Que a coisa mais bonita desse mundo
é viver cada segundo como nunca mais
(Vinícius de Moraes/Toquinho)
[Adenda: Irrita-me solenemente dar por mim a concordar com a letra desta música. Tomara que passe depressa à fase seguinte da crise.]
que você não se despeça
nunca mais do meu carinho
chore, se arrependa e pense muito
que é melhor se sofrer junto
que viver feliz sozinho
Tomara que a tristeza te convença
que a saudade não compensa
e que a ausência não dá paz
Que o verdadeiro amor de quem se ama
tece a mesma antiga trama
e não se desfaz
Que a coisa mais bonita desse mundo
é viver cada segundo como nunca mais
(Vinícius de Moraes/Toquinho)
[Adenda: Irrita-me solenemente dar por mim a concordar com a letra desta música. Tomara que passe depressa à fase seguinte da crise.]
Saturday, August 07, 2004
«Católica e Feminista, Graças a Deus»
O título deste artigo da Ana Vicente sintetiza, na perfeição, a resposta que o cardeal Ratzinger e afins mereciam ouvir. Isto, se ainda valesse a pena dizer-lhes o que quer que seja.
[Adenda: Se bem que a ideia da Inês Pedrosa, no Expresso de 14 de Agosto, das mulheres ameaçarem a deserção da Igreja Católica, não é nada de se deitar fora…]
[Adenda: Se bem que a ideia da Inês Pedrosa, no Expresso de 14 de Agosto, das mulheres ameaçarem a deserção da Igreja Católica, não é nada de se deitar fora…]
Friday, August 06, 2004
Ah… férias
Não há horários, constrangimentos, prazos, obrigações…
E só sei em que dia da semana estou por causa da pílula.
[Pronto, vá, eu compro jornais. Mas ignorei-o em benefício de uma graçola mais convincente.]
E só sei em que dia da semana estou por causa da pílula.
[Pronto, vá, eu compro jornais. Mas ignorei-o em benefício de uma graçola mais convincente.]
Wednesday, August 04, 2004
Dúvida virtual
Ponho comments, não ponho comments, ponho comments, não ponho comments…
[Sei que costumo abusar, mas desta vez só escrevi em inglês por causa do itálico. Interessa-me ter um blog estético.]
[Sei que costumo abusar, mas desta vez só escrevi em inglês por causa do itálico. Interessa-me ter um blog estético.]
Tuesday, August 03, 2004
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